Qual a importância das imagens de satélite no monitoramento de queimadas

Devido à ameaça que as queimadas representam, foram desenvolvidos sistemas operacionais e utilizados ferramentas como as imagens de satélite para o monitoramento e gerenciamento de incêndios para previsão de perigo, detecção e controle.

Dado o aumento esperado de ocorrências em todo o mundo devido às mudanças climáticas, uma melhor previsão desses desastres, com certeza trará benefícios significativos tanto do ponto de vista econômico quanto da segurança humana em todo o mundo.

Há também a necessidade de avaliação precisa das áreas queimadas porque estão relacionadas às emissões de gases de efeito estufa na atmosfera que precisam ser contabilizadas, e além disso, sobre os impactos ambientais pós-fogo, como regeneração e erosão.

E neste processo, as imagens de satélite desempenham um papel importante. E é isso que iremos mostrar para você.

AS QUEIMADAS NO BRASIL

Queimadas causam destruição generalizada dos ecossistemas, resultando em degradação ecológica, econômica e social. No Brasil, a rede colaborativa MapBiomas fez uma estimativa dos ocorridos no país. Para isso, foram analisadas mais de 150 mil imagens de satélites entre os anos de 1985 e 2020.

O resultado da análise é preocupante: toda a área queimada no Brasil soma quase 20% do território nacional. Os biomas mais atingidos são o cerrado e a floresta amazônica, sendo 65% em vegetação nativa.

Mas para essa avaliação precisa dos danos dos incêndios, as imagens de satélite forneceram informações valiosas sobre a extensão e a gravidade do desastre.

COMO AS IMAGENS DE SATÉLITE SÃO USADAS NO MONITORAMENTO DE QUEIMADAS

Os satélites costumam ser a primeira ferramenta para detectar incêndios florestais em áreas remotas, usando câmeras, e gerando imagens LIDAR (tecnologia óptica de detecção remota que mede propriedades da luz refletida para informação de um objeto distante) e sensores infravermelhos para capturar o quanto está sendo queimado, sua localização precisa e a direção da fumaça resultante.

As imagens de satélite registram um “instantâneo” da região, capturando áreas de distancias de até um quilômetro por vez. Um algoritmo usa dados infravermelhos para detectar se há algum incêndio queimando, examinando cada pedaço de área e rotulando-o como fogo, não fogo, nuvem, água, dados ausentes ou desconhecidos.

Esses dados são enviados às autoridades de gestão de incêndios e usados tanto para operações quanto para mapear a escala e o tipo de dano depois que o fogo terminar.

Dessa forma, as imagens podem fornecem dados importantes de monitoramento de queimadas em grande escala.

CRESCE O USO DE TECNOLOGIAS DE SENSORIAMENTO REMOTO PARA DETECTAR INCENDIOS

No passado, os meteorologistas de incidentes tinham uma única imagem de baixa resolução que era atualizada a cada 15 minutos – normalmente já havia passado 20 minutos até que a imagem chegasse para análise.

Nos últimos anos, ferramentas de sensoriamento remoto e GIS (sistema de informação geográfica) vem fornecendo dados e informações vitais sobre o impacto dos incêndios nos ecossistemas florestais. Isso tem implicações importantes para o monitoramento eficaz, planejamento e gestão potencial de prevenção de incêndios florestais em grande escala em todo o mundo.

As imagens de satélite permitem detectar e monitorar uma série de incêndios, fornecendo informações sobre a localização, duração, tamanho, temperatura e potência desses fogos que, de outra forma, não estariam disponíveis.

Como vimos, as imagens de satélite trazem informações críticas e que salvam vidas em um ambiente de queimada dinâmico. Usando dados coletados e analisados com várias técnicas de monitoramento, é possível reunir informações valiosas para ajudar a planejar e tomar decisões sobre queimadas em andamento e futuras.

Leia também: Como imagens de satélite impulsionam o setor de energia 

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