Os critérios ambientais, sociais e de governança (ESG) estão crescendo em importância na avaliação de empresas. Surgem do movimento em direção ao investimento socialmente responsável.
O ESG analisa como as organizações abordam uma série de questões que vão desde o uso de energia e gestão de resíduos até diversidade e inclusão, bem-estar dos funcionários, impacto na comunidade, práticas éticas e muito mais.
De acordo com o presidente do conselho da BlackRock e do diretor da Anbima, Carlos Takahashi, no Brasil, os ativos classificados como ESG estão entre R$ 14 e R$ 15 bilhões. Embora essa tendência estimule compromissos no mundo corporativo no sentido de elevar o propósito além do lucro, o ESG não se trata apenas de boas vibrações ou relações públicas.
Requer ter um perfil corporativo atraente e bom para os negócios, pois é uma lente através da qual os investidores, consumidores, funcionários e outras partes interessadas avaliam a identidade e a eficácia de uma empresa.
Veja agora, as dicas que trouxemos para você dar início ao seu perfil ESG!
ESTRATÉGIA ESG BEM CONSTRUÍDA REQUER MAIS QUE UMA PONTUAÇÃO
Um relatório do Goldman Sachs de 2018, apontou que existe um crescente consenso de que a integração de fatores ESG materiais se correlaciona com retornos financeiros de longo prazo.
Já o parecer ESG do Bank of America Merrill Lynch mostra que os consumidores estão cada vez mais procurando se envolver com empresas que são transparentes em suas práticas de negócios e atendem a um propósito social maior.
Se a sua empresa vê o ESG como nada mais do que uma série de caixas que você precisa verificar, então provavelmente está fazendo alguma coisa errada.
Uma estratégia ESG bem-sucedida depende da construção de uma cultura corporativa onde as iniciativas voltadas à sustentabilidade, bem social, governança transparente, comportamentos éticos entre outras, estejam integradas ao DNA do seu negócio.
3 DICAS DE COMO PROMOVER UM PERFIL ESG POSITIVO PARA O SEU NEGÓCIO
Construir um movimento ESG que seja realista e alcançável em especial para as Pequenas e Médias Empresas é crucial para impactar as mudanças climáticas e sustentar objetivos ambientais, sociais e de governança mais amplos.
Para apoiar as PMEs que estão embarcando no desenvolvimento de perfis ESG, aqui estão 3 dicas importantes para começar:
AMPLIE SUA DEFINIÇÃO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA
O que consideramos como filantropia corporativa tradicional – como por exemplo, uma vez por ano, arrecadar fundos – não é suficiente para realmente transformar uma cultura.
O propósito corporativo abrange mais do que apenas destinar recursos para caridade (embora a doação certamente faça parte da equação).
As empresas precisam de infraestrutura para apoiar atividades que vão de doações e voluntariado a ativismo, orientação, serviço de diretoria, iniciativas de sustentabilidade e muito mais.
É preciso pensar também em integrar as partes interessadas de Responsabilidade Social Corporativa (RSC) com equipes focadas horizontalmente, como RH, marketing e, talvez ainda mais, entre as fundações corporativas e os negócios.
Dessa forma, a RSC pode desempenhar um papel valioso na adaptação, acompanhamento e sustentação das iniciativas de toda a empresa que se alinham com o ESG.
DEMOCRATIZE O PROPÓSITO
Muitas empresas (e seus consultores) buscam entregar ESG definindo um propósito singular para adotar. Essa ideia não é necessariamente errada, mas é insuficiente. A cultura não pode simplesmente ser ditada de cima para baixo; propósito também é pessoal.
Uma das melhores maneiras de desenvolver em sua empresa um senso de propósito autêntico e palpável é reconhecer o poder dos indivíduos como agentes de mudança.
Pesquisas mostram que as pessoas querem abordar questões que são importantes para elas, seja por meio dos produtos que compram, das formas como retribuem ou das escolhas de estilo de vida que fazem.
E os negócios mais inovadores tornam fácil, conveniente, integrado e inclusivo para funcionários, clientes e parceiros os assuntos que mais importam, e não apenas o que é estratégico para a marca.
Democratizar o propósito é a chave para aumentar o envolvimento com os impulsionadores fundamentais do ESG, ao mesmo tempo em que oferece resultados comerciais positivos, como reputação da marca e satisfação dos funcionários.
De fato, ao examinar dados foi descoberto que as empresas que engajam seus funcionários com sucesso em fazer o bem por meio de doações e voluntariado veem uma redução de mais de 57% na rotatividade em relação às que não o fazem.
DESAFIE A MENTALIDADE DE MEDIÇÃO
Certamente, as empresas devem medir o que puderem (especialmente os negócios estratégicos e os impactos sociais), mas não subestime o valor de ganhos menos tangíveis.
Não há grandes medidas para fornecer um senso de auto eficácia a funcionários ou clientes, mas ajudar as pessoas a alcançar o propósito, pode certamente trazer resultados intangíveis positivos que têm um grande efeito na cultura e na marca de uma empresa.
Em outras palavras, é possível não ter uma métrica super eficaz para classificar a cultura de uma empresa e também reconhecer isso.
Obviamente, existem dados correlacionais para alcançar, mas é preciso mais cuidado ao avaliar ativos intangíveis, por exemplo, como uma cultura ou uma marca faz alguém se sentir.
Empresas autênticas e orientadas por propósitos não estão atrás de selos de ouro.
É necessário uma mudança real: um mundo onde possam ser lucrativos e ao mesmo tempo conservar recursos, em que seus produtos e serviços desempenhem um papel na solução de problemas sem causar outros e também gerar benefícios aos seus funcionários, clientes, comunidades e acionistas.
Dessa forma, em vez de começar com uma mentalidade em que o objetivo é aumentar sua pontuação ESG, comece com uma cultura moldada por propósito, significado e impacto. Você terá um resultado ESG positivo e maior lucratividade no longo prazo.
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